Aprenda a regulagem correta para a sua carretilha, aproveitando melhor os arremessos e evitando as indesejáveis cabeleiras. Entenda qual a função de cada peça do seu equipamento. Confira as dicas de Maicon Bianchi, consultor da revista Pesca & Cia, para facilitar sua vida nas pescarias.
Cabeleira, fuá, afofamento involuntário, backlash. Quem nunca se deparou com uma, além de ser um pescador nato, é também abençoado, pois é praticamente impossível num determinado momento de descuido, passar batido por uma.
A regulagem da carretilha é muito importante para que o seu arremesso fique descomplicado e você possa pescar, ao invés de ficar desembaraçando a linha no carretel, motivo pela qual muitos pescadores ainda preferem o velho amigo molinete.
Mas a regulagem da carretilha é muito simples. Seguindo algumas orientações básicas, você pode regular a sua carretilha para minimizar as indesejáveis cabeleiras e melhorar a performance e qualidade do seu arremesso e perder o medo de arremessar.
Todas as carretilhas possuem um botão de rosca na sua lateral, que é responsável pelo aperto do eixo de rotação do carretel. De acordo com a sua regulagem, maior ou menor aperto do botão, a carretilha solta ou prende mais o carretel e ele fica mais livre ou mais preso.
O controle desse botão deve ser feito com a carretilha já montada na vara e com base no peso a ser arremessado. O procedimento é o seguinte:
- Monte a vara com carretilha e linha passada, amarre o peso ou isca que iremos arremessar e recolha até a ponta da vara, sem destravar a carretilha.
- A regulagem consiste em apertar totalmente o botão para que o carretel fique preso, destravar a carretilha e pouco a pouco ir soltando o botão de aperto para que a isca comece a deslizar suavemente com pequenas paradinhas (efeito teia de aranha).
Essa regulagem é apropriada para a isca ou peso em questão e deve ser sempre ajustada, principalmente quando trocamos de isca e colocamos uma isca mais leve.
Algumas carretilhas possuem ainda outros tipos de mecanismos de controle de rotação do carretel complementares, de forma magnética ou centrífuga.
O freio magnético é um controle adicional que age em forma de alguns imãs que agem sobre o carretel, ajudando a freá-lo de maneira homogênea.
Quanto maior a numeração do freio magnético, maior é a sua ação e menor é a rotação do carretel no arremesso. Em certas situações de vento forte é prudente utilizar o freio magnético para controlar melhor o arremesso.
Outras carretilhas possuem o freio centrífugo como controle adicional anti-cabeleira. O freio centrífugo age sobre a forma de diversas buchas (4 a 6) que são colocados de forma uniforme nos pinos que ficam em torno da base do carretel. Essas buchas são deslocadas para a borda do carretel no momento do tranco do arremesso e ajudam a evitar a disparada do carretel.
Esse freio pode ficar fechado (inativo), semi-aberto (parcialmente ativo) ou aberto (ativo) e deve ser regulado sempre de maneira balanceada para que o freio atue de maneira linear. Quanto maior o número de buchas abertas, maior é a frenagem e mais força exige o arremesso, auxiliando muito a evitar a formação das indesejáveis cabeleiras.
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